VIOLADOS
Quando somos crianças, acreditamos que os adultos são nossos protetores, nossos heróis, e que estarão sempre por perto em qualquer situação em que precisemos de amor e de ajuda.
Sonhamos, fazemos planos – ainda que não tenhamos idéia de como será o futuro. Apenas sonhamos.
Começamos a nos desenvolver, a perceber as mudanças do corpo, as dificuldades do mundo, os sentimentos, e tudo se revela diante dos nossos olhos repletos de dúvidas, medo, e sonhos.
E os adultos estão lá, para nos encaminhar e nos auxiliar, nos ensinando como viver.
Logo vem o amor, a descoberta do sexo, a escolha profissional, até que nos deparamos com a vida adulta e seguimos adiante cheios de esperança e coragem para uma vida que se inicia repleta de desafios, mas também de felicidade. O primeiro amor, o primeiro emprego, casamento, filhos... E vamos em frente, seguindo o curso da vida.
Será que é sempre assim?
Existem milhares de crianças, meninos e meninas, que tem suas vidas interrompidas e marcadas por um crime, uma monstruosidade praticada por esses adultos a quem depositamos nossas esperanças e nossos sonhos: a PEDOFILIA. Praticada em grande maioria por pessoas da família ou amigos íntimos dos familiares, mas também por desconhecidos. Adultos que impedem que a infância de muitos siga seu curso normal.
Segundo o dicionário, Pedofilia é a “atração sexual de um adulto por crianças”.
A definição é simples e de fácil interpretação. Mas não é tão fácil compreender, muito menos aceitar.
Esses milhares de meninos e meninas vítimas desse tipo de violência tornam-se adultos; e são obrigados a conviver com marcas profundas que jamais serão esquecidas.
O medo, o nojo, a raiva, a revolta, a insegurança, a tristeza, a culpa, tantos sentimentos que acompanham esses “violados” por uma vida inteira.
Mas é preciso seguir adiante.
É preciso deixar o passado para trás, e ir em busca dos sonhos perdidos.
É preciso viver. E de alguma forma, esquecer...
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